Aqui está a introdução sugerida para o post “TikTok proibido na Índia: entenda os motivos e consequências”:
O TikTok foi um fenômeno sem precedentes na Índia, com mais de 200 milhões de usuários engajados em subculturas vibrantes e oportunidades de mudança de vida. Porém, após um violento conflito na fronteira com a China em 2020, o governo indiano proibiu repentinamente o aplicativo, deixando uma lacuna gigante no ecossistema de mídias sociais do país. Esta proibição repentina oferece um vislumbre do que pode acontecer nos Estados Unidos, onde recentemente foi aprovada uma lei permitindo o banimento do TikTok por preocupações de segurança nacional.
A experiência indiana revela as consequências profundas de remover um aplicativo tão enraizado na cultura popular. Startups locais tentaram preencher o vácuo, mas enfrentaram dificuldades diante da migração em massa para o Instagram e YouTube. O impacto cultural foi significativo, com a perda de conteúdo hiperlocal e de nicho que florescia no TikTok. Além disso, a possibilidade de retaliação da China contra os EUA levanta preocupações sobre uma potencial guerra comercial.
Embora as contas indianas permaneçam congeladas no tempo, a jornada do TikTok na Índia serve como um aviso para os EUA, onde milhões de pequenas empresas e criadores dependem da plataforma. Continue lendo para entender os detalhes deste caso sem precedentes e suas implicações globais.
Lembranças de Contas Indianas Congeladas
Após o banimento do TikTok na Índia, as contas e vídeos indianos no aplicativo congelaram no tempo. Embora o aplicativo não estivesse mais acessível no país, as contas indianas e seus conteúdos ainda permaneceram online.
Sucharita Tyagi, uma crítica de cinema de Mumbai, possuía uma conta de sucesso no TikTok antes da proibição, com 11 mil seguidores e alguns vídeos acumulando milhões de visualizações. Quando ela visitou os Estados Unidos, ficou surpresa ao ver que seu perfil ainda estava ativo, permitindo até mesmo postar novos vídeos.
Tyagi questionou se o TikTok manteve essas milhões de contas indianas na expectativa de um eventual retorno ao mercado indiano. “É interessante ver que o TikTok as manteve. Me pergunto se eles esperam que a Índia os deixe voltar”, comentou.
Essa situação evidencia que, embora o TikTok tenha sido banido na Índia, as lembranças de suas contas e conteúdos permanecem congeladas online, como uma espécie de memória virtual preservada pela empresa.
Enquanto nos EUA a batalha legal para evitar uma possível proibição ainda está em andamento, a experiência indiana demonstra que, mesmo após um banimento, vestígios da presença do TikTok podem persistir, como um legado digital preservado pela plataforma.
TikTok Fenômeno na Índia
Há quatro anos, a Índia era o maior mercado do TikTok. O aplicativo contava com uma base de 200 milhões de usuários, subculturas em expansão e, muitas vezes, oportunidades de mudança de vida para criadores de conteúdo e influenciadores.
O TikTok parecia imbatível — até que as tensões latentes na fronteira entre a Índia e a China eclodiram em uma onda de violência mortífera. Após o conflito na fronteira, o governo indiano proibiu o aplicativo em 29 de junho de 2020. Praticamente da noite para o dia, o TikTok desapareceu.
Mas as contas e os vídeos indianos do TikTok ainda estão online, parados no tempo em que o aplicativo tinha acabado de emergir como um gigante cultural.
O TikTok era um fenômeno particular devido à forma como seu algoritmo ofereceu oportunidades aos usuários rurais da Índia. Eles conseguiram encontrar um público e até mesmo alcançar status de celebridade, o que não era possível em outros aplicativos.
“Democratizou a reação ao conteúdo pela primeira vez”, avalia Prasanto K Roy, escritor e analista de tecnologia baseado em Nova Déli.
O TikTok tinha um significado cultural semelhante nos EUA, onde comunidades de nicho prosperam, e um número incalculável de pequenas empresas e criadores de conteúdo baseiam seu sustento no aplicativo.
Uma exposição inédita
A conta de Sucharita Tyagi, uma crítica de cinema que vive em Mumbai, tinha 11 mil seguidores quando o TikTok desapareceu da noite para o dia — e alguns dos seus vídeos acumulavam milhões de visualizações.
TikTok no Mundo Rural Indiano
“O TikTok era gigante. As pessoas se reuniam em todo o país, dançando, fazendo esquetes, postando sobre como administravam suas propriedades agrícolas em pequenos vilarejos nas montanhas”, diz Tyagi.
“Havia um grande número de pessoas que de repente tiveram esta exposição, algo que sempre havia sido negado a elas, mas era finalmente possível”.
Banimento Repentino pelo Governo Indiano
Após o conflito na fronteira, o governo indiano proibiu o aplicativo em 29 de junho de 2020. Praticamente da noite para o dia, o TikTok desapareceu.
Quando o TikTok ficou offline na Índia, o governo proibiu também outros 58 aplicativos chineses, incluindo alguns que atualmente estão ganhando popularidade nos EUA, como o aplicativo da gigante de moda Shein.
Com o passar dos anos, a Índia proibiu mais de cem aplicativos chineses, embora uma versão indiana da Shein tenha sido colocada no ar novamente, após negociações recentes.
Assim que o TikTok foi banido, abriu-se uma oportunidade multibilionária”, explica Nikhil Pahwa, analista de políticas tecnológicas indiano e fundador do site de notícias MediaNama. “Várias startups indianas foram lançadas ou turbinadas para preencher esse vazio.”
Migração para Instagram e YouTube
Em agosto de 2020, poucos meses após a proibição do TikTok, o Instagram lançou seu feed de vídeos curtos, os famosos Reels. O YouTube seguiu o exemplo com os Shorts, vídeos no estilo TikTok, um mês depois.
O Instagram e o YouTube já estavam entrincheirados na Índia, e o exército das novas startups não tinha a menor chance. “Houve muito burburinho em torno de alternativas ao TikTok, mas a maioria desapareceu no longo prazo”, diz Prateek Waghre, diretor executivo da internet Freedom Foundation.
No fim das contas, quem mais se beneficiou provavelmente foi o Instagram. Não demorou muito para que muitos dos principais criadores de conteúdo do TikTok indiano e seus seguidores, migrassem para os aplicativos da Meta e do Google, e muitos obtiveram sucesso semelhante.
Aqui está o conteúdo para o subtítulo “Startups Tentam Preencher o Vazio”:
Startups Tentam Preencher o Vazio
Assim que o TikTok foi banido, abriu-se uma oportunidade multibilionária. Várias startups indianas foram lançadas ou turbinadas para preencher esse vazio.
Durante meses, o noticiário de tecnologia indiano foi inundado por notícias sobre estas novas empresas de rede social, com nomes como Chingari, Moj e MX Taka Tak.
Algumas obtiveram sucesso inicial, atraindo ex-estrelas do TikTok para suas plataformas, garantindo investimentos e até apoio governamental. Isso fragmentou o mercado indiano de redes sociais, à medida que os novos aplicativos disputavam a hegemonia — mas a febre do ouro pós-TikTok não durou muito.
Em agosto de 2020, poucos meses após a proibição do TikTok, o Instagram lançou seu feed de vídeos curtos, os famosos Reels. O YouTube seguiu o exemplo com os Shorts, vídeos no estilo TikTok, um mês depois.
O Instagram e o YouTube já estavam entrincheirados na Índia, e o exército das novas startups não tinha a menor chance. “Houve muito burburinho em torno de alternativas ao TikTok, mas a maioria desapareceu no longo prazo”, diz Prateek Waghre, diretor executivo da internet Freedom Foundation, um grupo ativista indiano.
“No fim das contas, quem mais se beneficiou provavelmente foi o Instagram.”
Migração para Instagram e YouTube
Em agosto de 2020, poucos meses após a proibição do TikTok, o Instagram lançou seu feed de vídeos curtos, os famosos Reels. O YouTube seguiu o exemplo com os Shorts, vídeos no estilo TikTok, um mês depois.
O Instagram e o YouTube já estavam entrincheirados na Índia, e o exército das novas startups não tinha a menor chance. “Houve muito burburinho em torno de alternativas ao TikTok, mas a maioria desapareceu no longo prazo”, diz Prateek Waghre, diretor executivo da internet Freedom Foundation, um grupo ativista indiano.
“No fim das contas, quem mais se beneficiou provavelmente foi o Instagram.” Não demorou muito para que muitos dos principais criadores de conteúdo do TikTok indiano e seus seguidores, migrassem para os aplicativos da Meta e do Google, e muitos obtiveram sucesso semelhante.
Geet, uma influenciadora indiana que atende apenas pelo primeiro nome, ficou famosa no TikTok ensinando “inglês americano”, dando conselhos de vida e fazendo discursos motivacionais. Ela tinha 10 milhões de seguidores em três contas diferentes quando o TikTok foi banido. Quatro anos depois, ela conseguiu reunir quase cinco milhões de seguidores no Instagram e no YouTube.
No entanto, os usuários e especialistas dizem que algo se perdeu na transição pós-TikTok. O Instagram e o YouTube podem ter captado o tráfego do TikTok, mas não foram capazes de reproduzir a sensação do TikTok indiano.
“O TikTok tinha um tipo de base de usuários comparativamente diferente no que diz respeito aos criadores de conteúdo”, afirma Pahwa. “Havia agricultores, pedreiros e pessoas de cidades pequenas subindo vídeos no TikTok. Não se vê tanto isso no Shorts, do YouTube, e no Reels, do Instagram. O mecanismo de descoberta do TikTok era muito diferente.”
Impacto Cultural Significativo
O TikTok teve um impacto cultural significativo na Índia, democratizando a exposição e o sucesso para criadores de conteúdo de todas as camadas sociais e regiões. Pessoas de zonas rurais e pequenas cidades, que antes não tinham oportunidades de alcançar um público amplo, de repente ganharam fama e seguidores graças ao algoritmo do TikTok.
Críticos de cinema como Sucharita Tyagi, que tinham 11 mil seguidores no TikTok, viram seus vídeos acumularem milhões de visualizações. “O TikTok democratizou a reação ao conteúdo pela primeira vez”, afirma o analista Prasanto K Roy. Essa democratização do sucesso online era algo inédito e revolucionário na Índia.
Mesmo após o banimento, o legado cultural do TikTok persiste nas contas e vídeos indianos que permanecem online, congelados no tempo. Esses vestígios são um lembrete do fenômeno que o aplicativo representou, especialmente para comunidades marginalizadas que finalmente encontraram uma plataforma para se expressar e ser reconhecidas.
Se o TikTok for banido nos EUA, o impacto cultural será ainda mais significativo, dado o número massivo de usuários americanos (170 milhões) e o papel que o aplicativo desempenha na disseminação de notícias e tendências. Quase um terço dos americanos entre 18 e 29 anos acessa notícias pelo TikTok, de acordo com uma pesquisa.
A perda do TikTok não apenas afetaria os criadores de conteúdo e pequenas empresas que dependem da plataforma, mas também privaria as subculturas e comunidades de nicho de um espaço crucial para se expressar e se conectar. O vazio deixado pelo TikTok pode ser difícil de preencher, já que a experiência única proporcionada pelo aplicativo seria impossível de replicar completamente.
Possível Retaliação Chinesa nos EUA
Há uma chance muito maior de que a proibição do TikTok nos EUA desencadeie uma guerra comercial. “Acho que existe uma possibilidade clara de retaliação por parte da China”, diz Nikhil Pahwa, analista de políticas tecnológicas indiano e fundador do site de notícias MediaNama.
A China condenou a Índia por banir o TikTok, mas ainda não houve qualquer retaliação ostensiva. No entanto, os EUA podem não ter tanta sorte. Há uma série de razões para a resposta da China à proibição indiana, uma delas é o fato de a indústria tecnológica da Índia ser praticamente inexistente na China.
Por outro lado, a indústria tecnológica dos EUA oferece várias oportunidades para um ataque recíproco. A China já lançou um esforço para “deletar os EUA”, e substituir a tecnologia americana por alternativas nacionais. A proibição do TikTok poderia acelerar este projeto.
Além disso, a resposta do TikTok a uma eventual proibição nos EUA já se mostrou diferente. A empresa prometeu contestar a nova lei do governo americano em uma batalha jurídica, que pode chegar à Suprema Corte do país. O TikTok poderia ter entrado com um processo semelhante após a proibição na Índia, mas optou por não fazer isso.
“As empresas chinesas têm boas razões para hesitar em recorrer aos tribunais da Índia contra o governo indiano”, afirma Prasanto K Roy, escritor e analista de tecnologia baseado em Nova Déli. “Não acho que eles seriam muito solidários.”
Aqui está o conteúdo para o subtítulo “Lembranças de Contas Indianas Congeladas”, com parágrafos curtos de no máximo 30 palavras:
Lembranças de Contas Indianas Congeladas
Após o banimento do TikTok na Índia, milhões de contas indianas foram congeladas no tempo. Embora os vídeos ainda estejam online, os usuários indianos não podem acessá-los dentro do país.
Sucharita Tyagi, uma crítica de cinema de Mumbai, tinha 11 mil seguidores e alguns vídeos com milhões de visualizações. “O TikTok era gigante. As pessoas se reuniam em todo o país, dançando, fazendo esquetes, postando sobre suas fazendas”, lembra ela.
Quando Tyagi visitou os EUA, ficou surpresa ao ver que seu perfil no TikTok ainda estava ativo. Ela até conseguiu postar alguns vídeos, que receberam um pequeno engajamento de indianos que moram no exterior.
Contas Paradas no Tempo
“Estas milhões de contas ainda existem”, observa Tyagi. “É interessante ver que o TikTok as manteve. Me pergunto se eles esperam que a Índia os deixe voltar.”
Para muitos criadores de conteúdo indianos, a perda repentina do TikTok foi um golpe duro. Alguns estavam ganhando dinheiro e fazendo parcerias com marcas por meio do aplicativo.
“No meu caso, não foi tão grave, eu só estava usando o aplicativo para promover meu outro trabalho”, diz Tyagi. “Mas me pareceu estranho e injusto com muitas pessoas que realmente dependiam dele.”